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Lucro Real na Reforma Tributária: o que muda e como se adaptar

Com a Reforma Tributária, o Lucro Real parece mais vivo que nunca, mas sob novas exigências. Entenda o que muda, como as empresas serão tributadas e o que fazer agora!

Por
Omnitax
-
20 de Maio de 2025
Mulher de negócios, com óculos e camisa branca, sentada em uma mesa de escritório em frente a um laptop. Ela segura e analisa atentamente um papel com gráficos impressos (gráfico de barras e de pizza). A luz entra por uma janela grande ao fundo, e há uma planta e uma xícara na mesa.

A Reforma Tributária aprovada em 2023 marca o início de uma virada histórica no sistema fiscal brasileiro. Ela substitui um modelo caótico de tributos cumulativos e sobrepostos por uma estrutura baseada no IVA dual — a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), no âmbito federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), estadual e municipal.

Nesse novo contexto, surge uma dúvida cada vez mais frequente entre empresários e profissionais da área fiscal: como fica o Lucro Real com a Reforma Tributária?

A resposta não é binária. O Lucro Real continua existindo, mas a forma como as empresas são tributadas sobre bens, serviços e renda muda — e muito. Neste artigo, você vai entender:

  • O que permanece no Lucro Real;
  • Quais mudanças a Reforma Tributária traz para quem está nesse regime;
  • Como sua empresa pode se adaptar de forma segura, inteligente e estratégica.

Lucro Real: um regime que exige controle e precisão

O Lucro Real é um dos três regimes tributários brasileiros, ao lado do Lucro Presumido e do Simples Nacional. Ele é obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões por ano, além de instituições como:

  • Bancos e financeiras;
  • Seguradoras;
  • Cooperativas de crédito;
  • Empresas que recebem lucros do exterior;
  • Holdings patrimoniais.

Mas muitas empresas escolhem o Lucro Real mesmo sem a obrigatoriedade. O motivo? Maior controle fiscal, aproveitamento de créditos e compensações e a possibilidade de pagar menos imposto em períodos de prejuízo ou baixa margem.

Nesse regime, o IRPJ e a CSLL são apurados com base no lucro contábil ajustado conforme as regras da legislação fiscal. Isso torna o Lucro Real um modelo técnico, complexo, mas também flexível para empresas com boa governança contábil.

O que muda com a Reforma Tributária?

Embora o Lucro Real continue existindo, ele agora está inserido em um novo ecossistema tributário. As mudanças mais relevantes vêm da substituição de PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI por CBS e IBS, dois tributos não cumulativos que incidem sobre bens e serviços.

1. Fim do modelo cumulativo e nova lógica de créditos

A principal mudança está na forma de apuração dos tributos indiretos. O novo sistema adota o modelo de crédito financeiro amplo, semelhante ao usado em países da OCDE. Isso significa que:

  • As empresas poderão se creditar de praticamente todos os insumos;
  • Acaba a guerra fiscal baseada em exceções e regimes especiais;
  • O cálculo será padronizado, sem distinção por setor ou produto.

Quem está no Lucro Real precisará recalibrar os sistemas de cálculo e os processos de escrituração fiscal, pois o novo modelo elimina muitas brechas e exige maior controle.

2. Impacto nos preços, margens e no lucro contábil

A CBS e a IBS afetam diretamente a precificação, o custo operacional e a margem bruta das empresas. Como consequência, impactam também o lucro contábil, que é a base para o IRPJ e a CSLL.

Ou seja, mesmo que o modelo de apuração do Lucro Real não mude diretamente, ele será influenciado indiretamente por:

  • Nova estrutura de créditos e débitos tributários;
  • Reclassificação de despesas e centros de custo;
  • Alterações no Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE).

Empresas precisarão revisar sua modelagem de preços e realizar simulações constantes para evitar surpresas na apuração do lucro tributável.

3. Fiscalização mais automatizada e digital

Outro ponto importante da Reforma é o avanço da digitalização da fiscalização. A promessa de simplificação vem acompanhada de um sistema mais centralizado, com cruzamento de dados em tempo real e maior capacidade de autuação.

Para empresas no Lucro Real, isso significa:

  • Fim da tolerância para créditos indevidos ou mal classificados;
  • Necessidade de sistemas integrados com ERP e contabilidade;
  • Uso de motores de cálculo automatizados e auditáveis.

O antigo modelo de “interpretar a lei para encontrar brechas” dá lugar a um sistema onde o que vale está nos dados e na rastreabilidade.

O que ainda não mudou — mas pode mudar em breve

Apesar das transformações, o Lucro Real continua com as mesmas regras de apuração do IRPJ e da CSLL. A tributação sobre a renda ainda não foi alterada pela Reforma, ao menos na primeira fase.

No entanto, a segunda etapa da Reforma Tributária já está em debate no Congresso Nacional e pode trazer impactos diretos para o Lucro Real, como:

  • Fim dos juros sobre capital próprio (JCP);
  • Tributação de dividendos;
  • Nova tabela progressiva para IRPJ;
  • Unificação com CSLL.

Se aprovadas, essas mudanças poderão tornar o Lucro Real ainda mais técnico, exigindo novas estratégias de distribuição de lucros, reorganização societária e controle contábil mais apurado.

Reforma Tributária Adaptativa: o que fazer agora?

O conceito de Reforma Tributária adaptativa parte do princípio de que a Reforma será implementada por fases, com regras de transição e exigências graduais até 2033. Nesse cenário, adaptar-se rápido é o diferencial competitivo.

Para empresas no Lucro Real, os próximos passos são claros:

  • Simular o impacto da CBS e da IBS sobre custos, preços e margens;
  • Atualizar o motor de cálculo tributário com base nas novas regras;
  • Revisar o plano de contas, classificações contábeis e centros de custo;
  • Investir em integração entre contabilidade, fiscal e TI;
  • Criar uma rotina de compliance tributário contínuo, com dados centralizados e auditáveis.

O Lucro Real continuará sendo vantajoso para muitas empresas, mas exigirá uma nova postura: mais técnica, mais integrada e muito mais estratégica.

O Lucro Real não acaba — mas muda o jogo

A Reforma Tributária não extingue o Lucro Real. Ele segue como regime padrão para grandes empresas, grupos econômicos e setores obrigatórios. Mas o cenário fiscal ao redor dele muda radicalmente.

Agora, não basta cumprir com as obrigações. Será necessário planejar, simular, integrar e monitorar, com apoio de ferramentas tecnológicas e inteligência fiscal em tempo real.

Empresas que atuam com o Lucro Real precisam adotar o quanto antes uma postura adaptativa — saindo na frente para evitar riscos e aproveitar oportunidades.

Sua empresa está pronta para essa transformação?

A Omnitax é especialista em Reforma Tributária adaptativa. Nossas soluções de inteligência fiscal, motor de cálculo e compliance garantem precisão, segurança e agilidade para empresas no Lucro Real enfrentarem essa nova era da tributação.

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